Título:
Uma análise da proposta do projeto Cantinho de Leitura: o papel do professor e das atividades de leitura na sala de aula das escolas de Catalão
Autores:
Ana Marta Ribeiro Borges
Ana Paula da Costa
Orientador: Ms. Maria Natividade Rosa Barbosa
Unidade Acadêmica:
Universidade Federal de Goiás – Campus de Catalão
E-mails:
Aluna bolsista: Ana Paula da Costa: paulla_sttar@hotmail.com
Orientadora: Ms. Maria Natividade Rosa Barbosa: nate@innet.com.br
Palavras chaves:
Concepção de leitura, produção textual, diversidade textual, estratégias de leitura.
Introdução:
Reconhecendo-se as inúmeras dificuldades que as crianças apresentam durante o processo de aquisição e desenvolvimento da leitura, investigamos se a proposta do programa Cantinho de Leitura, implantado nas escolas do Estado de Goiás, está sendo contemplado satisfatoriamente nas salas de aula, formando leitores proficientes.
Justificativa:
É interessante que o aluno de licenciatura em Letras tenha um conhecimento teórico-lingüístico sobre a natureza da língua escrita e sobre a prática de leitura e que saiba fazer uma aplicação dessa teoria a situações reais de sua prática de ensino. No caso dos professores das séries iniciais do ensino fundamental, público alvo do projeto Cantinho de Leitura – entenda-se leitura como processo abrangente e complexo, é um processo de compreensão, de interação de mundo que envolve uma característica essencial e simular ao homem – é imprescindível que o professor esteja atento para os aspectos teórico-lingüísticos sob pena de ter uma prática de ensino não-produtiva e uma avaliação não-criteriosa.
O princípio básico é que o leitor deverá ser formado não apenas como decodificador, mas na visão de que a leitura é um exercício de cidadania para criar condições para o desenvolvimento da capacidade de uso eficaz da linguagem. Neste sentido, muito do que se tem considerado como leitura são práticas desmotivadoras e perversas até. São práticas sustentadas por concepções erradas sobre a natureza do texto e da leitura e, portanto, da linguagem e que tradicionalmente são legitimadas tanto dentro como fora da escola.
O professor atento para os aspectos da formação do leitor capaz de ler nas entrelinhas deverá então proporcionar atividades que levem a criança a tornar-se um bom leitor. O processo de formação do leitor deve ser entendido como que só pode construir-se mediante uma prática constante de textos de fato, a partir de um trabalho que se organizará em torno da diversidade de textos que circulam socialmente. Assim define os PCNs de Língua Portuguesa.
Metodologia:
A fim de obtermos as informações específicas acerca do objeto de nossa pesquisa, fizemos um trabalho de campo coletando dados reais em três salas de aula, permanecendo, nas escolas-campo selecionadas, como pesquisador-observador durante três dias da semana, compreendendo todo o mês de setembro de 2003. Em cada dia de aula, selecionamos cópias das atividades desenvolvidas com a turma que foram analisadas à luz da fundamentação teórica. Como as atividades observadas foram essencialmente orais, não pudemos coletar amostras para constar como anexos em nosso relatório final.
Resultados e discussão dos dados coletados:
Trabalhamos, neste projeto, com as duas séries iniciais do ensino fundamental, a saber 1ª e 2ª séries em escolas da rede estadual, municipal e conveniada de ensino, durante o mês de setembro do ano de 2003. Diante do que observamos, a proposta do Cantinho é válida, mas não é trabalhada efetivamente nas salas de aulas, o trabalho com os livros só se deu durante o período de nossas visitas nas escolas. Isso dificulta o cumprimento do objetivo central do programa: o aluno concluinte da 4ª série do ensino fundamental deverá apresentar domínios de leitura e escrita.
Conclusão:
Devido a pouca freqüência com que os alunos lêem, segundo observado na pesquisa, não é possível haver uma interação aluno/professor/colega/livro. O programa Cantinho de Leitura é bom, suas propostas são reais e de fácil aplicação, mas o descaso com que é tratado faz com que ele se transforme em algo supérfluo e desnecessário. Pareceu-nos mais um discurso que caiu no vazio.
Bibliografia:
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Fonte de financiamento:
O presente projeto foi financiando pelo CNPq