Título do Projeto: NESO – Núcleo de Estudos em Sedação Odontopediátrica

 

Número de Cadastro: FO – 2

 

Bolsista: Alessandra Carvalho de Souza

Orientadora: Profa. Dra. Luciane R. R. S. Costa

UNIDADE: FO

 

Palavras-chaves: Sedação Consciente; Odontopediatria; Odontologia; Comportamento Infantil.

 

Área do Conhecimento: Ciências da Saúde

 

                                                              I.      Justificativa

 

Muitas crianças apresentam lesões bucais, principalmente oriundas da doença mais prevalente na cavidade bucal – a cárie dentária. A cárie pode ocorrer tão logo os dentes irrompam na cavidade bucal, se as medidas para a sua prevenção e/ou controle não são aplicadas. Assim, é freqüente vermos grupos de crianças, de faixa etária variável de lactantes a escolares, com sinais, sintomas e/ou conseqüências da doença: manchas brancas, cavidades, dor, diminuição de a ingestão alimentar, infecção bucal e até déficit de crescimento nos casos mais graves.

Por outro lado, o medo, a ansiedade e a resistência relacionados ao tratamento odontológico estão arraigados no senso comum. Para o atendimento de crianças, o dentista precisa dispor conhecimentos, habilidades e atitudes visando a abordagem comportamental do paciente. No entanto, algumas vezes tais recursos tidos com não farmacológicos falham, obrigando o profissional a planejar o tratamento utilizando o controle farmacológico: sedação mínima, sedação moderada (consciente), sedação profunda ou até anestesia geral.

O uso de sedativos em odontopediatria não é muito freqüente no Brasil, pois os currículos de graduação costumam não abordar esse tema em profundidade suficiente para habilitar o dentista à realização deste procedimento.

Assim, desde 1998, quando nos deparávamos com casos de crianças com cárie aguda, e que não eram atendidas pelo dentista com qualidade desejada devido à resistência comportamental do paciente, planejamos o estudo teórico – prático dessa temática.

Atualmente, o NESO configura – se em potencial centro de referência em sedação, desde que somados esforços individuais e institucionais daqueles que acreditam no paradigma de que a odontologia deve caminhar para muito além de técnicas dentárias específicas, ou seja, deve se afirmar como medicina bucal especialmente preocupada com a humanização do atendimento ao paciente.

 

                                                            II.      Objetivos

 

Os objetivos gerais do NESO são:

- Aperfeiçoar profissionais e acadêmicos de odontologia no campo da sedação em nível ambulatorial

- Estimular o estudo teórico – prático do assunto em nível de graduação e pós – graduação.

- Proporcionar atendimento odontológico de qualidade para crianças as quais a abordagem estritamente psicológica do comportamento tenha sido mal sucedida.

 

                                                          III.      Metodologia/Procedimentos

 

As crianças e seus responsáveis encaminhados ao NESO dos serviços da própria FO ou externos, são devidamente esclarecidos sobre a sedação. A criança é examinada e, confirmada a necessidade e indicação da sedação é agendada para o atendimento. Há uma integração com a Faculdade de Medicina e o grupo conta com a presença de um médico. 

As necessidades odontológicas das crianças são tratadas conforme o protocolo adotado na odontopediatria da FOUFG. É realizada, no NESO a adequação do meio: vedamento das cavidades abertas, tratamentos endodônticos, extrações. Em seguida, a criança retornará para o serviço de origem para acompanhamento, ao qual sugerimos procedimentos educativos e preventivos, com concomitante condicionamento psicológico da criança, para só então ser realizada a reabilitação bucal definitiva.

As crianças oriundas da FOUFG poderão ter seu seguimento realizado pela equipe do próprio NESO, constituindo – se em procedimentos educativos e preventivos, com concomitante condicionamento psicológico da criança.

 

 

 

 

 

                                                        IV.      População – Alvo

 

O público alvo engloba os cirurgiões – dentistas, acadêmicos de Odontologia e outros profissionais de saúde que tenham interesse no estudo e abordagem farmacológica do paciente em odontopediatria de um lado. Do outro lado, as crianças com problema de comportamento – e suas famílias – que se apresentam aos serviços assistenciais de saúde com grande necessidade de tratamento odontológico, de onde são encaminhados para o NESO.

O público total atendido é de 30 pessoas/mês.

 

                                                          V.      Local de Execução

 

O projeto NESO é realizado na Faculdade de Odontologia em nível ambulatorial.

 

                                                        VI.      Resultados

 

Primariamente, tem-se conseguido atender crianças de baixo status sócio-econômico, provenientes de serviços públicos assistenciais do município de Goiânia. Dessa forma, parte dos problemas dessa população passa a ser minorizado.

O treinamento prático dos dentistas e acadêmicos envolvidos torna-os capacitados à sedação mínima e moderada, contando inclusive com técnica de suporte básico de vida. Também favorece o surgimento de questionamentos que norteiam o planejamento de atividades de pesquisa que têm originado trabalhos de iniciação científica, especialização, mestrado e, proximamente, doutorado.

Novas parcerias estão sendo buscadas para o crescimento do projeto: 1. Com a White Martins Praxair Inc., na forma de “empréstimo” de equipamento para realização de sedação com óxido nitroso, recentemente implementada; 2. serviço voluntariado de médico anestesiologista para condução de sedação profunda.

Adicionalmente, por meio de grupos de estudo e cursos de atualização, promove-se a educação continuada de profissionais da odontologia, além de despertar no acadêmico de odontologia uma nova vertente de seu curso de graduação, vertente essa que deverá ter seu espaço no novo currículo da Odontologia.

 

 

                                                      VII.      Fonte de Financiamento

 

 

O projeto tem se mantido: 1. Com apoio da Faculdade de Odontologia, que fornece grande parte do material de consumo odontológico. 2. Recursos próprios da coordenação e dos demais participantes do projeto. 3. Parcerias (White Martins).