PARCERIA CONTRA A FOME: FANUT e Banco Municipal de Alimentos

 

Palavras-chave: Fome, segurança alimentar, educação nutricional, alimento,

Área de Conhecimento: Ciências da Saúde

 

[Introdução] O Programa Banco de Alimentos teve início no Brasil em 1994, onde a associação entre o poder Público Municipal e a sociedade civil organizada visa a promoção de inclusão social, com vistas a assegurar o direito à alimentação a uma parcela significativa da população que se encontra em situação de vulnerabilidade alimentar. O eixo das ações desenvolvidas pelo Programa é  viabilizar formas de aproveitamento de alimentos que são desperdiçados em toda a cadeia produtiva, enfatizando os setores de distribuição e comercialização. Os alimentos arrecadados, depois de submetidos à análise técnica são distribuídos às entidades, instituições e fundações sem fins lucrativos para serem repassados a população que vive em situação de vulnerabilidade alimentar. [Objetivos] Melhorar as práticas alimentares das populações carentes, onde as famílias beneficiadas participam de palestras, cursos e oficinas culinárias com a temática de  reeducação alimentar. As atividades de educação alimentar e educação para o consumo visam promover práticas alimentares e hábitos saudáveis, com vistas a orientar os beneficiários às melhores formas de utilização dos alimentos, quanto aos aspectos nutricionais, higiênico-sanitários e sensoriais, contribuindo para uma alimentação de qualidade e sem desperdício. [Justificativa] O Programa Banco Municipal de Alimentos é uma atuação na Segurança Alimentar e Nutricional (SAN), com o intuito de garantir o acesso regular a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, tendo como base práticas alimentares promotoras de saúde, que respeitem a diversidade cultural e que sejam social, econômica e ambientalmente saudáveis. A busca pela SAN é uma ação multiprofissional e multi-setorial e deverá ser entendida como um compromisso para cada cidadão. Nesta perspectiva, o nutricionista e o aluno do curso de nutrição que tem como objeto de trabalho a alimentação / alimento e sua relação com o homem não podem ficar omissos às ações de combate à pobreza, à fome, à desnutrição e ao desperdício. [Metodologia] O trabalho é desenvolvido por uma equipe multiprofissional, com participação de profissionais e estudante da Faculdade de Nutrição/UFG e da Fundação Municipal de Desenvolvimento Comunitário (FUMDEC)/Prefeitura Municipal de Goiânia. A primeira etapa envolveu a sensibilização e de integração dos doadores ao programa (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, Associação Goiana de Supermercados - AGOS, União de Atacadistas e Produtores de Hortifrutigranjeiros do Estado de Goiás - UNIAP/CEASA) Após, os alimentos recebidos passam por uma análise técnica, coordenada por uma nutricionista e uma estagiária de nutrição, constituída de seleção, classificação e embalagem, para serem doados a entidades assistenciais cadastradas. A doação de alimentos é alicerçada à prática de alimentação saudável, para tanto as famílias assistidas ao Programa participam de cursos com a temática de educação alimentar e nutricional. (População-alvo] Cerca de 9.000 famílias de comunidades carentes, residentes em Goiânia cadastradas no Programa Banco de Alimentos. Estas famílias beneficiadas participam de ações educativas com vistas a orientar as melhores formas de utilização dos alimentos, quanto aos aspectos nutricionais, higiênico-sanitários e sensoriais. Os cursos são constituídos de duas etapas, sendo a primeira uma exposição teórica de assuntos relacionados à alimentação, com utilização de recursos didáticos e audiovisuais. A segunda parte é prática,  na qual são ensinados diversos tipos de preparações com receitas inovadoras em oficinas culinárias,  enfocando o reaproveitamento de alimentos. [Resultados Preliminares] Atualmente estão cadastradas seis mil e quinhentas famílias pelo Programa Banco Municipal de Alimentos. No período de maio a agosto deste ano, foram arrecadados 18.874,34 Kg de alimentos, e distribuídos 16.283,6 Kg, sendo que a maior parte destes se constitui de alimentos secos como arroz, feijão e açúcar. Em relação aos cursos enfocando a prática da alimentação saudável uma parcela significativa das famílias beneficiadas tem participado e Importante ressaltar que com o trabalho realizado tem permitido contribuir para a melhoria da qualidade de vida das pessoas que vivem em situação de vulnerabilidade alimentar não só pelo imediato assistencialismo, caracterizado pela doação de alimentos, mas também pela promoção da saúde com os cursos e palestras ministradas em reeducação alimentar.

Fonte de financiamento: Não possui