ENVOLVENTES A 2-PARÂMETROS DE n-ESFERAS EM Rn+1
FONSECA, R.C.B. - CEFET-GO
CORRO, A.M.V. - UFG
Unidade Acadêmica: Universidade Federal de Goiás -
UFG
E-mail: redafonseca@yahoo.com.br
Palavras-Chaves:
Envolvente; Hipersuperfície; Imersão isométrica; Curvatura
I.
Introdução:
Neste trabalho estudamos as Hipersuperfícies Mn
em |Rn+1 que tem a propriedade de ter (n-p) curvaturas principais
iguais de multiplicidade constante, que são chamadas de envolventes a
p-parâmetros de n-esferas denotada por p-PES. O objetivo deste trabalho é
caracterizar uma classe especial destas hipersuperfícies que satisfazem uma
Relação de Weingarten linear A+BnH+CK=0, onde H é a curvatura média e K é a
curvatura de Gauss-Kronecker e A,B,C são constantes reais.
O artigo
[1] caracteriza as envolventes a 2-parâmetros especiais de n-esferas nos três
espaços ambientes: o espaço Euclidiano, a Esfera e o espaço Hiperbólico,
denotados por Qcn+1, onde c = 0,1 ou -1,
respectivamente. Depois de estudar as envolventes nos três espaços ambientes,
enfrentamos com a dificuldade da dissertação ficar muito extensa, e a reduzimos
apenas para o caso Euclidiano. Destacamos que, nos outros dois espaços ambientes
(Sn+1 e Hn+1), foram obtidos alguns resultados análogos
ao espaço Euclidiano.
No primeiro
momento, o estudo está direcionado a uma revisão dos principais resultados da
Geometria Riemanniana, abrangendo os seguintes itens: Variedades
Diferenciáveis; Imersões Isométricas; Folheações e Nulidade de uma Imersão
Isométrica e Derivada de Imersão Isométrica.
Em
seguida, definimos as hipersuperfícies x: Mn → |Rn+1,
p-PES, com (n-p) curvaturas principais iguais a l de multiplicidade constante, Dl a distribuição do autoespaço de l e o conjunto focal de x que é
definido pela aplicação g = x + N, onde N é a aplicação normal de Gauss de x e g define uma
subvariedade p-dimensional. Também, caracterizamos as hipersuperfícies p-PES
através do conjunto focal.
Depois,
definimos uma hipersuperfície p-PES especial, denotada por p-SPES, como sendo
uma p-PES com
a condição adicional a qual D^l seja integrável. Encontramos condições necessárias e suficientes
sobre o conjunto focal para uma hipersuperfície ser p-SPES.
O nosso
objetivo é estudar as hipersuperfícies 2-SPES que ficam determinadas pelo
conjunto focal “g” 2-dimensional, assim, definimos três
tipos de hipersuperfícies: as de tipo I são aquelas quando “g” tem curvatura Gaussiana não nula; as de tipo II, quando “g” é uma superfície regrada sem pontos umbílicos e com curvatura
Gaussiana nula e as de tipo III que são aquelas quando “g” é parte de um plano.
Finalmente, apresentamos uma Relação
de Weingarten linear, a matriz da segunda forma fundamental que expressam as
curvaturas média e de Gauss-Kronecker e fazemos um estudo separadamente de cada
tipo de envolvente definida anteriormente.
II.
Resultados:
Em geral,
obtivemos resultados de não existência de envolventes, do que resultados em que
se apresentam exemplos, que são resultados interessantes que destacamos:
Com
relação as hipersuperfícies de tipo I, destacamos que uma 2-SPES satisfaz uma
Relação de Weingarten linear se e somente se o conjunto focal é mínimo. E mais,
a não existência de uma 2-SPES com curvatura média H= constante ou curvatura
Gauss-Kronecker K=constante e, em particular, a não existência de mínimas,
nestas condições.
Com
relação as hipersuperfícies de tipo II, destacamos as condições necessárias e
suficientes para termos uma 2-SPES com curvatura Gauss-Kronecker nula. E mais, a
não existência de uma 2-SPES em |Rn+1, satisfazendo uma Relação de
Weingarten linear A+BnH+CK=0
, com B¹0 ; em
particular, a não existência de tais envolventes com curvatura média H = constante.
E com
relação as hipersuperfícies de tipo III, estudamos uma 2-SPES com a curvatura
média constante, caracterizada por uma equação diferencial parcial da função r positiva Cµ(L),
que depende de uma variável. Para estas
hipersuperfícies obtemos uma caracterização geométrica, que, garante em
particular, que uma 2-SPES é mínima em |Rn+1 se e somente se é um
cilindro sobre um catenóide em |Rn.
III.
Conclusões:
Este trabalho foi
desenvolvido na área da Geometria Riemanniana que é uma extensão da Geometria
Diferencial. Assim, um embasamento Riemanniano com informações para o tema
proposto no artigo [1], foi elaborado logo no primeiro momento.
Como o nosso
interesse era caracterizar as hipersuperfícies 2-PES em |Rn+1, as
quais satisfazem uma Relação de Weingarten linear A+BnH+CK=0 , onde A, B e C são
constantes reais, não simultaneamente nulas, vimos a necessidade de incluir hipóteses
adicionais na envolvente Y
e no conjunto focal “g” , passando a estudar a Y 2-SPES em |Rn+1 através de três tipos, dados por:
Tipo I: Uma Y 2-SPES
é um tubo (fibrado normal de esferas com raio r
constante em |R n+1 sobre
uma superfície mínima g:L2 ® |Rn+1) com m = 0 e Kg¹0 em qualquer
ponto;
Tipo II: Uma Y 2-SPES
onde g(L2) é uma superfície
regrada com m
= 1 e Kg = 0 em |Rn+1 sem
pontos umbílicos;
Tipo III: Uma Y 2-SPES onde g(L2)
parte de um plano em |Rn+1 com m =2.
Obtivemos resultados
de existência e também de não existência de envolventes que satisfazem uma
Relação de Weingarten linear em |Rn+1.
E apresentamos um exemplo de como construir uma Y 2-SPES
em |R4 do tipo I que satisfaz uma
Relação de Weingarten linear.
E finalizamos com a apresentação da expressão da matriz da segunda forma
fundamental de uma p-PES, para “p” qualquer,
o que permite expressar as curvaturas intermediárias para p ³ 2. O estudo das hipersuperfícies que satisfazem uma
Relação de Weingarten linear envolvendo todas as curvaturas, ainda se encontra
em aberto. No entanto, acreditamos que com um pouco mais de tempo e paciência,
poderá surgir algum resultado.
IV.
Referências
Bibliográficas:
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V.
Fonte de Financiamento: CAPES