Desenvolvimento de metodologia de fracionamento de petróleo por TG e análise de fração leve por GC-FID e GC-MS

Rodrigo Irani Medeiros (PG) ; Maria Inês Gonçalves Leles (PQ) ; Nelson Roberto Antoniosi Filho (PQ)

 Instituto de Química UFG, Campus II. CEP 74001-970 – Goiânia – GO, Brasil

 E-mail: roquimic@bol.com.br; nelson@quimica.ufg.br

 

1 – Resumo

 

A análise química de petróleo e derivados envolve processos de difícil manuseio, baseados em fracionamentos por Cromatografia Líquida Clássica, os quais demandam tempo demasiado e fornecem frações de difícil análise por Cromatografia Gasosa (GC). Este trabalho apresenta o desenvolvimento de uma metodologia para caracterização de cinco amostras de petróleo fornecidas pela Petrobrás pelos seguintes processos: I- análise térmica (25-1000ºC a 15ºCmin-1 e N2 5mLmin-1) para observar os diferentes comportamentos térmicos; II- coleta de fração leve (25-150ºC) por borbulhamento em tubos com 1,5 mL de diclorometano em banho de gelo; III- análise por GC-FID e GC-MS para caracterizar cada amostra pela composição química. No processo I observamos que as amostras sofreram craqueamento térmico no TG após cerca de 170ºC, devido saída de fumaça branca do TG, e que perdem massa até por volta de 500ºC, porém apresentando diferenças nas curvas TG. No processo II, as curvas TG mostraram perdas de massa de 4,5%, 12,3%, 3,1%, 1,2% e 0,9%, respectivamente para as amostras de 1 a 5. No processo III, as análises cromatográfica das frações leves coletadas, identificamos n-alcanos de C6 e C21, quantificamos com a técnica de normalização e, com a análise de amostra de gasolina, observamos uma grande semelhança entre os cromatogramas desta e das frações.

 

Palavras Chave: petróleo; termogravimetria; fracionamento.

 

2 – Introdução

 

O petróleo bruto é uma mistura complexa de hidrocarbonetos gasosos, líquidos e sólidos, associados em proporções muito variáveis (Dalemont, 1958) e, ainda, de compostos oxigenados, nitrogenados, sulfurados e organometálicos (Cosultchi, et al., 2002).

Nos métodos clássicos de análise, tais como o PLC-8 e os normatizados pela ASTM, o fracionamento se baseia na técnica de cromatografia líquida clássica para obtenção de frações, baseadas em suas propriedades cromatográficas de eluição em solventes de diferentes polaridades (Lanças, et al., 1987; Rocha, et al, 1997). No entanto, tais métodos, quase sempre não apresentam relação com o processo de refino do petróleo bruto.

Considerando que a destilação fracionada do petróleo gera frações com compostos dentro de uma faixa de temperatura de ebulição à diferentes pressões, ou seja, compostos com volatilidade dentro de uma faixa de temperatura, o objetivo deste trabalho foi:

                     Desenvolver um método de análise e diferenciação de petróleo bruto, com base na volatilidade destas amostras, por meio de fracionamento por TG, coleta de fração leve, análise quantitativa por GC-FID e identificação dos compostos fracionados por GC-MS.

 

 

3 - Metodologia

 

 

4 - Resultados e Discussão

4.1 Avaliação do comportamento térmico de diferentes amostras de petróleo bruto

4.2 Comparação entre as curvas TG das amostras de petróleo bruto A1(preta), A2(rosa), A3(azul), A4(amarela) e A5(vermelha) no intervalo de 25º a 150ºC (15ºC min-1; N2 5 mL min-1) e com massas de aproximadamente 10mg.


 

4.3 Identificação de n-alcanos por HRGC-MS e quantificação por HRGC-FID.

 

5 – Conclusões

 

Conclui-se que o fracionamento de petróleo por TG é um processo bastante eficaz, visto que forneceu frações de fácil análise por GC; as curvas TG possibilitaram diferenciar as amostras de petróleo em leves e pesados pelo cálculo de perda de massa; e, ainda, as análises cromatográficas possibilitaram a diferenciação das amostras pela quantificação de n-alcanos.

 

6 - Referências Bibliográficas

Dalemont, E. O petróleo. Ed. Difusão Européia do Livro. pp. 31-34,56, 1958.

Lanças, F. M.; Karam, H. S.; McNair, H. M. LC-GC, v.5, pp. 41-48, 1987.

Rocha, S. R. P.; Oliveira, J. V.; Ávila, S. G.; Pereira, D. M.; Lanças, F. M. FUEL, v.76, pp. 93-96, 1997.

Cosultchi, A.; Garciafigueroa, E.; Mar, B.; García-Bórquez, A.; Lara, V.H.; Bosch, P. FUEL, v. 81, pp.413-421, 2002.

 

 7 - Fonte de Financiamento:

Bolsa de Pós-Graduação/Mestrado: CNPQ; Projeto: FINEP/CTPETRO/ANAPETRO.