AS REGRAS DO JOGO
DELLACORTE, R. BORGES, P.
C. A.
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS
SOCIAIS
Palavras-Chave:
Institucionalismo, governabilidade, Sistema Político.
Introdução/Apresentação
O
presente projeto tem como proposta analisar as relações Executivo-Legistativo,
privilegiando o enfoque na importância das coalizões parlamentares para a
aprovação de políticas públicas enviadas pelo Executivo ao Legislativo em
Goiás, no período jan/1999 – dez/ 2002.
Buscamos
compreender a relação Executivo-Legislativo de um ponto de vista que permita
esclarecer os mecanismos institucionais utilizados pelo Executivo e pelos
partidos no âmbito do Legislativo, que possibilitam a formação e a manutenção
de uma maioria parlamentar de sustentação ao governo e que facilitam a
aprovação das mensagens enviadas pelo Executivo ao Legislativo
Nossa
proposta de estudo insere-se nas discussões sobre a governabilidade no contexto
das relações Executivo-Legislativo. A governabilidade – entenda-se o grau de
eficácia das ações governamentais na formulação e execução de políticas
públicas – depende, no aspecto das rotinas e mecanismos institucionais, das
relações Executivo-Legislativo. A proposta ou programa de governo de qualquer
partido que tenha conseguido eleger o Executivo, passa pelo crivo dos
parlamentares – seja a nível federal, estadual ou municipal. Nesse sentido, as
relações entre Executivo, partidos e parlamentares, no legislativo, podem
dificultar a governabilidade ou podem
levar à formação de coalizões parlamentares de apoio ao Executivo,
facilitando a implementação do programa do governo.
OBJETIVOS
1)
Realizar um
levantamento das variáveis organizacionais do processo legislativo em Goiás que
possibilitam a centralização das decisões do parlamento.
2)
Detectar os mecanismos
institucionais do processo legislativo utilizados pelo governo estadual em
Goiás.
METODOLOGIA e REFERENCIAL TEÓRICO
Acreditamos
que o problema deva ser abordado tanto no plano teórico/intelectual, quanto no
plano empírico.
O
primeiro diz respeito ao tombamento da literatura pertinente ao estudo, assim
como a uma postura teórica. Cremos que as discussões que se desenvolvem na
Ciência Política sobre a abordagem institucional e sistêmica são imperativas
para que possamos compreender e melhor localizar nosso objeto no atual
desenvolvimento da Ciência Política. Deste modo, tomaremos a teoria defendida
por Figueiredo e Limongi (1999) como norteadora de nossas discussões. Nosso
estudo segue a linha de análise institucional. De acordo com essa abordagem, as
instituições – entenda-se, padrões de comportamento estáveis válidos e
recorrentes (Huntington, 1975) – estruturam o comportamento dos indivíduos,
regulam a ação dos atores políticos definindo regras para sua ação/atuação. O
enfoque organizacional que propomos permite elucidar que as instituições que
regulam o processo de decisão no parlamento têm influência decisiva na eficácia
das ações governamentais, possibilitando assim, governabilidade. Distanciaremos
das abordagens que vêem o legislativo como o reino do parlamentar individual,
acreditamos que as instituições que estruturam os trabalhos legislativos são
mecanismos que regulam a participação dos partidos na arena congressual. Dessa
forma, os partidos conseguem balizar o jogo político, possibilitando assim, que
esses mesmos partidos se sustentem e se legitimem no momento em que participam
dos governos(Meneguello1998). Nossa proposta em um aspecto mais amplo,
insere-se nas discussões sobre como
a organização interna dos trabalhos legislativos e os poderes institucionais
que o executivo possui, influenciam o sistema político brasileiro.
Quanto
ao plano empírico trabalharemos essencialmente com dados secundários
provenientes das votações nominais das políticas públicas enviadas pelo
Executivo à Assembléia Legislativa em Goiás no período jan/1999 – dez/2002.
contaremos também com outra fonte documental secundária, a saber; o Regimento
Interno da Assembléia Legislativa de Goiás. Utilizaremos ainda os discursos de
parlamentares que possam, eventualmente, traduzir acordos em situações que não
sejam contempladas pelo Regimento da Casa.
No
que diz respeito ao plano amostral, esperamos poder trabalhar com 100% do
universo das votações nominais das propostas orçamentárias e de reforma
administrativa, enviadas pelo Executivo à assembléia Legislativa em Goiás.
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