TÍTULO: Acúmulo de
micronutrientes e de elementos tóxicos em latossolo cultivado com
cana-de-açucar fertirrigada com vinhaça
AUTORES: Adriane Chagas Santana Oliveira
Jácomo
Divino Borges (orientador)
UNIDADE ACADÊMICA: Escola
de Agronomia
E-MAILS: adrianechagas@yahoo.com.br
jacomob@agro.ufg.br
(orientador)
PALAVRAS-CHAVE: solo;
vinhaça; elementos tóxicos; micronutrientes
INTRODUÇÃO:
O setor sucroalcooleiro tem crescido vertiginosamente
no Brasil. Dados do Sindicato da Indústria de Fabricação do Álcool do Estado de
Goiás (SIFAEG) revelam que a produção nacional de cana-de-açúcar, na safra
2002/2003, foi de 257 milhões de toneladas, com cerca de 52,53% dessa produção
convertidos em álcool e 47,47% em açúcar. A produção de cana-de-açúcar em
Goiás, na safra de 2002/2003, foi de 9.783.865 toneladas, com um acréscimo de
111,1% na produção quando comparado com a safra anterior (IBGE, 2002). Toda
essa produção tem assumido, nos últimos anos, um papel preponderante no
desenvolvimento econômico-agrícola da região dos cerrados.
Esse crescimento produtivo da indústria açucareira e
alcooleira têm contribuído para aumentar também o potencial poluidor das usinas
e destilarias, obrigando os órgãos ambientais a formularem políticas e normas a
respeito do assunto e a intensificarem a fiscalização do lançamento de resíduos
líquidos nos cursos d’água. A busca de alternativas para o destino da vinhaça
(um subproduto da indústria do açúcar e do álcool), por ser este um forte
poluente para os cursos d’água, já há algum tempo vêm merecendo pesquisas para
o desenvolvimento de técnicas de aproveitamento deste resíduo como fonte de
nutrientes para a própria cultura da cana, através da fertirrigação. Esse
material é rico em potássio, e apresenta teores consideráveis de matéria orgânica,
nitrogênio, fósforo, cálcio, magnésio, enxofre, ferro, cobre, zinco, manganês,
níquel, entre outros nutrientes, diminuindo, assim, pela sua adição ao solo, os
custos de produção da cultura.
A adição de vinhaça no solo,
continuamente,
pode proporcionar um aumento na concentração de macro e microelementos e metais
pesados, podendo acarretar sua contaminação e, dependendo da profundidade do
lençol freático, os reservatórios de água no sub-solo também possam ser
contaminados (Ramalho, 1996).
Tendo em vista a carência de informações quanto à
adição da vinhaça e os efeitos de seu
acúmulo no solo, é objetivo deste trabalho analisar os teores de alguns
elementos químicos. Serão estudados, principalmente micronutrientes e
metais tóxicos, em diferentes profundidades de um Latossolo Vermelho cultivado com cana-de-açúcar (Saccharum spp.) fertirrigada com vinhaça, e seus possíveis
riscos ambientais, no Município de Goianésia, Estado de Goiás.
METODOLOGIA:
A presente pesquisa será realizada a partir de
análises de amostras do solo, a serem coletadas durante o mês de agosto de
2004, em áreas cultivadas com a cana-de-açúcar (Saccharum spp), na empresa Jalles Machado, S. A., no município de
Goianésia, GO, situada a 15° 10’ de latitude Sul e 49° 15’ de longitude oeste de
Greenwich (Brasil, 1983).
As áreas sob investigação compreendem glebas
fertirrigadas anualmente com uma única dose de 70 mm de vinhaça in natura.
O delineamento experimental será
parcelas subdivididas, com nove
tratamentos e quatro repetições. Os tratamentos consistirão nas diferentes
épocas de aplicação da vinhaça nas áreas cultivadas com cana-de-açúcar e nas
diferentes épocas de adubação química, ou sejam: testemunha (sem vinhaça e sem
adubação química), área com aplicação de vinhaça durante doze anos, oito anos,
quatro anos e dois anos seguidos e área com aplicação somente de adubação
química durante doze anos, oito anos, quatro anos e dois anos seguidos. As
amostras de solo para a realização das análises físico-químicas serão coletadas
nas profundidades de 0-25 cm, 25-50 cm, 50-75 cm e 75-100 cm.
Nas áreas cultivadas com cana-de-açúcar,
correspondentes aos tratamentos propostos, serão demarcadas quatro parcelas
(repetições) com 15 m de comprimento por 9,6 m de largura (144 m2),
cada qual contendo oito fileiras de plantas cultivadas. As duas fileiras mais
externas de cana-de-açúcar e uma faixa de 1,20 m em cada extremidade da parcela
serão consideradas bordaduras.
As amostras compostas do solo, constituídas por
quatro subamostras simples em cada parcela, serão coletadas nas entre-linhas
das quatro linhas centrais de cultivo a 35 cm de distância destas, nas
diferentes profundidades. Em seguida, as amostras dos solos serão transportadas para serem analisadas,
determinando-se teores de ferro, cobre, manganês, zinco, cádmio, cromo,
chumbo, níquel, mercúrio e enxofre, no Laboratório de Análises de Solo e Foliar
da Escola de Agronomia e Engenharia de Alimentos da Universidade Federal de
Goiás, em Goiânia, GO.
Os resultados obtidos em laboratório serão comparados
pelas suas médias através da análise de variância e de correlações
estatísticas.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Pesquisa em andamento
CONCLUSÕES:
Pesquisa em andamento
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
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FONTE DE FINANCIAMENTO:
UFG/FUNAPE/Pós-graduanda
Usina Jalles Machado S.A.