Título: práticas sexuais não convencionais - uma abordagem socioantropológica

Autora: freitas, f. R. A.

Unidade acadêmica: faculdade de ciências humanas e filosofia-departamento de ciências sociais

E-mail da autora: frafcs@yahoo.com.br

E-mail do orientador: luizman@fchf.ufg.br

Resumo:

Este projeto foi desenvolvido dentro das discussões para a realização da pesquisa "sexualidades de estudantes universitários – um estudo sobre valores, crenças e práticas sociais". Neste nos propomos a compreender o que se pode considerar como práticas sexuais não convencionais e como estas são vividas. Entendendo como estas rompem com a ditadura do genital, e representam outras possibilidades de vivência da sexualidade, que passa a ser concebida de outras maneiras, nas quais faz-se novos usos dos corpos, constroem-se cenários e incorpora-se outros elementos à fantasia. Esta pesquisa envolveu muitos momentos : 1- reuniões do grupo de estudos nas quais houve a discussão de diversos textos; 2- reuniões do grupo de pesquisa, onde tivemos contato como pesquisas sobre sexualidade realizadas, discutimos sobre metodologia de pesquisa e elaboramos nosso questionário; 3- ida a eventos que trataram de temas afins à pesquisa, tais como sexualidades, gênero, feminismo e direitos reprodutivos; 4- levantamento bibliográfico. Temos como resultados o questionário e o planejamento das atividades previstas para o segundo semestre: aplicação e avaliação de pré-teste, e em aplicação do da pesquisa questionário.

Palavras chave: outras práticas sexuais, vivência sexual, fuga da genitalidade

Introdução:Este projeto foi desenvolvido dentro das discussões para a realização da pesquisa "sexualidades de estudantes universitários – um estudo sobre valores, crenças e práticas sociais". Neste nos propomos a compreender o que se pode considerar como práticas sexuais não convencionais e como estas são vividas. Entendendo como estas rompem com a ditadura do genital, e representam outras possibilidades de vivência da sexualidade, que passa a ser concebida de outras maneiras, nas quais faz-se novos usos dos corpos, constroem-se cenários e incorpora-se outros elementos à fantasia.

Material e método (metodologia)

Esta pesquisa envolveu muitos momentos : 1- reuniões do grupo de estudos nas quais houve a discussão de diversos textos; 2- reuniões do grupo de pesquisa, onde tivemos contato como pesquisas sobre sexualidade realizadas, discutimos sobre metodologia de pesquisa e elaboramos nosso questionário; 3- ida a eventos que trataram de temas afins à pesquisa, tais como sexualidades, gênero, feminismo e direitos reprodutivos; 4- levantamento bibliográfico.

Resultados e discussão

Resultados

O questionário e o planejamento das atividades previstas para o segundo semestre. Para setembro está previsto que apliquemos o pré-teste e o avaliemos, e em outubro estaremos aplicando o questionário.

Discussão

A sexualidade é construída socialmente, portanto não existe normal, correto, ideal dentro da vivência do sexual. Cada sociedade tem sua própria moral sexual e a partir disso determinadas práticas são construídas como tabus (LOYOLA, 1998).

As práticas sexuais não convencionais priorizam a imaginação, a construção de cenários para a vivenciar as fantasias, ampliam os usos do corpo, tornando-o todo erótico e erotizável, faz uso e objetos manufaturados (MCCLINTOCK, 2003; STEELE, 1997). Podemos conceber até mesmo a sexualidade sem a existência do corpo, podendo excitar o outro sem o tocar, como é o caso do sexo virtual (LE BRETON, 2003; PORTO, 1999).

Muitos estudos foram feitos sobre estas práticas, contudo a maioria desses as tem como perversão, desvio, aberração, psicopatia, transtorno de preferência sexual. Vários autores utilizam estes conceitos, tais como: Castro (1943), Freud (2002), Graña (1996), Posterli (1996), Rodrigues Junior (1991, 1995) e Stoller (1998).

Conclusões

Pesquisa em andamento. Terá a duracão de dois anos.

Referências bibliográficas

Castro, Francisco J. Viveiros De (1943). Atentados ao Pudor (Estudo das Aberrações do Instinto Sexual). : Freitas Bastos.

Freud, Sigmund (2002). Três ensaios sobre a teoria da sexualidade. Rio de Janeiro: Imago.

Graña, Robert B (1996). Além do Desvio Sexual. Porto Alegre, Artes Médicas.

Le Breton, David (2003). "A sexualidade cibernética ou o erotismo sem corpo". In:____. Adeus ao corpo – Antropologia. São Paulo: Papirus.

Loyola, Maria Andréa (1998). "Sexo e Sexualidade na Antropologia". In:____. A Sexualidade Nas Ciências Humanas .Rio De Janeiro: Eduerj, p. 17-47.

Mcclintock, Anne. "Couro Imperial – Raça, Travestismo e o Culto da Domesticidade" . Cadernos Pagu – Erotismo, Prazer, Perigo. Campinas, n° 20, primeiro semestre de 2003, p.7-85.

Porto, Sérgio Dayrell (Org.). Sexo, Afeto e Era Tecnológica: Um Estudo de Chats na Internet. Brasília: Ed. UnB, 1999.

Posterli, Renato (1996). Transtornos de Preferência Sexual - Aspectos Clínico e Forense. Belo Horizonte: Del Rey.

Rodrigues júnior, Oswaldo M. (1991). Objetos do Desejo: Variações Sexuais, Perversões e Desvios. São Paulo: Iglu.

_______________________ (1995). Psicologia e Sexualidade. Rio de Janeiro: Medsi.

Steele, Valerie (1997). Fetiche - Moda, Sexo & Poder. Rio de Janeiro: Rocco.

Stoller, Robert J. (1998). Observando a Imaginação Erótica. Rio de Janeiro: Imago.

Fonte de financiamento: nenhuma