N°. do cadastro : 0308000059.

 

Título do subprojeto de pesquisa: Observações e coleta de formigas da região de Jataí, estado de Goiás (hymenoptera, formicidae).

 

autores: Pacheco, U.P; diniz, j. l.m; paniago, g.g.

 

CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E BIOLÓGICAS, CAMPUS DE JATAÍ, UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS.

 

E-MAIL DO ALUNO BOLSISTA: ulissesperes@hotmail.com

E-MAIL DO ORIENTADOR : jdiniz@g8net.com.br

 

 

RESUMO: A família Formicidae e de ampla distribuição no mundo,

 Recentemente são conhecidas dezoito subfamílias com um total de dez mil espécies.

Na região Neotropical ocorrem oito subfamílias. Atualmente vem sendo realizado um estudo sobre a biologia da espécie Paraponera clavata, em uma área situada na fazenda lajeado nas proximidades do município de jataí-GO. A área de estudo possui 6400 m2 onde foi encontrados cinco ninhos adultos, um ninho jovem, e um ninho sendo fundado por uma rainha. Nesta área vem sendo realizado: o monitoramento dos ninhos a fim de observar se ocorre migração das colônias, as atividades de forrageamento desta espécie e a distribuição espacial dos ninhos na área. 

 

PALAVRAS-CHAVE: forrageamento, Formicidae, Paraponera clavata.  

Introdução: Atualmente vem sendo realizado um trabalho de criação de uma coleção de formigas do cerrado da região do Centro-Oeste, localizada no Campus de Jataí da UFG, além disso este trabalho possibilitado o estudo da biologia de algumas espécies dentre elas formigas pertencentes ao gênero Paraponera, subfamília Ponerinae(Bolton 1994). Estes gênero apresenta apenas uma espécie conhecida como Paraponera clavata (Hermann 1980),

Sendo conhecidas popularmente como formiga Cabo-Verde ou tucandeira. As operárias Medem de 20-30 milímetros de comprimento. As rainhas são pouco maiores do que as operárias, as colônias são (monoginicas) iniciadas por uma única rainha e quando adultas apresentam de 1000 a 1500 indivíduos(Peeters 1993). Estas formigas possuem um ferrão inoculador de veneno, que é utilizado para captura de alimento e proteção (Hermann 1984). Saem para forragear, geralmente ao entardecer, cessando as atividades ao amanhecer.

Alimenta-se de artrópodes e pequenos vertebrados, além de coletar néctares florais e extraflorais, sendo assim animais onívoros(Hermann 1980). Constroem ninho em solo e geralmente nas bases de árvores de médio a grande porte, Os ninhos apresentam freqüentemente uma única entrada, mas podem ter aberturas múltiplas(Hermann 1980).

 

Material e Método: Para o desenvolvimento deste estudo foi delimitado  aleatoriamente uma área de 6400 m2 numa reserva de cerrado situado na fazenda lajeado. Na delimitação da área foram utilizadas estacas de madeira medindo 1,5 metros de comprimento, que foram fixadas de 10 em 10 m de distância, sendo que cada lado da área compreendia a distância de 80 m. Para a marcação dos ninhos foram fixadas pequenas estacas de madeira. Na localização dos ninhos foram utilizadas iscas de pequenos artrópodes (grilos, gafanhotos e outros) para serem oferecidos as formigas que se encontravam forrageando pela área, as formigas aceitavam as iscas dirigiam ao ninho e este então era marcado. Alguns ninhos foram encontrados visualmente em atividades de procura. Para medir a distância de forrageamento a formiga era seguida do ninho até sua fonte de alimento.

 

Resultados e Discussão: foi encontrado na área sete ninhos, destes cinco adultos, um jovem e um sendo fundado por uma única rainha. Os ninhos adultos possuem entradas múltiplas e se encontram na base ou muito próximo da base de grandes arvores. Os ninhos estão localizados em média de 15 – 30 m. de distâncias entre eles. Foram observados que as operárias forrageiam a cerca  de 20 m. de distância do ninho. Durante o forrageamento foram encontradas formigas transportando entre as mandíbulas néctar, Apis sp (abelha Europa), sementes, grilos e formigas capturando gotículas de água. Até o presente momento não houve migração de nenhuma colônia.

 

Conclusões: Com os resultados que temos podemos afirmar que a Paraponera se alimenta de uma grande variedade de artrópodes  e retira néctar floral e extrafloral de varias espécies de plantas, portanto são animais onívoros. Saem para forragear geralmente ao entardecer cessando suas atividades ao amanhecer. O cerrado é um bioma onde a paraponera pode  ser encontrar em grande quantidade.

 

Referências Bibliográficas

 

Bolton, B. (1994): Identification Guide to the Ant Genera of the World. Harvard University Press, Cambridge, 222 pp.

 

Young, A.M. & H.R. Hermann. 1980. Notes of foraging of the giant tropical ant Paraponera clavata (Hymenoptera: Formicidae: Ponerinae). J. Kansas Entomol. Soc. 53: 35-55.

 

Peeters, C. (1993): Monogyny and polygyny in ponerine ants with or without queens. In: Queen Number and Sociality in Insects (Keller, L., ed.). Oxford University Press, pp: 234-258.

 

 

 

 

Fonte de financiamento

 

Para a execução deste trabalho contamos com recursos oriundos do Campus Avançados de Jataí, das instalações do laboratório de Zoologia/Botânica, e recursos próprios.