TÍTULO:
Avaliação de Progênies de araticum (Annona
crassiflora Mart.)
Autores:
MAGALHÃES, G.R.D.; NAVES, R.V.
Escola de Agronomia e Engenharia de Alimentos
Bolsista:
Gudmar Regino Dias Magalhães
Tempo de permanência: 2anos.
Orientador:
Profº Drº Ronaldo Veloso
Naves
Palavras-Chave:
Araticum,
Frutíferas, Enxertia e Nativas.
RESUMO
Esse experimento visou testar o desenvolvimento
inicial de mudas enxertadas de araticum (Annona
crassiflora Mart.). Para os porta enxerto, foram utilizadas 5 plantas
distribuídas em 5 regiões do Estado de Goiás. Para os enxertos, foram
selecionadas 30 plantas na Escola de Agronomia. Estas foram sorteadas e
divididas em 4 por tratamento e sofreram poda em seus ramos todo dia 20 dos
meses de agosto, setembro, outubro e novembro de 2003. Devido ao constante
ataque de fitopatógenos as mudas não preencheram os requisitos básicos
necessários à enxertia (sanidade, qualidade e uniformidade) na época prevista.
Foi preciso prorrogar o prazo de enxertia para o inicio do período chuvoso, que
ocorre entre os meses de setembro e outubro. Pode-se concluir que, a poda de plantas adultas visando o
fornecimento de material propagativo, é pratica adequada; para se realizar a
enxertia é necessário enxertos vigorosos, uniformes e numerosos; os materiais
que servem de porta enxerto devem ter sanidade, qualidade e uniformidade e; as épocas de poda que se mostraram melhores e promissoras
foram as de novembro com 9,7 brotações/planta; 0,60 brotações/ramo e agosto com
9,48 brotações/planta e 0,63 brotações/ramo. Setembro obteve média 8,08
brotações/planta; 0,67 brotações/ramo e outubro obteve 4,5 brotações/planta e
0,45 brotações/ramo.
INTRODUÇÃO
Atualmente, o principal problema técnico para
estabelecimento da cultura do araticum é a baixa porcentagem e o elevado tempo
de germinação de sementes (Chaves e Naves,1998), dificultando sobremaneira a
propagação sexuada em condições naturais.
O objetivo desse trabalho é testar as taxas de
velocidade e germinação de sementes e o desenvolvimento inicial de mudas de
araticum (Annona crassiflora Mart.),
oriundas de 15 plantas matrizes distribuídas em 5 regiões do Estado de Goiás (que
servirão de porta-enxerto). Posteriormente testar diferentes épocas de poda nas
plantas adultas de araticum da área agrícola da Escola de Agronomia e
Engenharia de Alimentos que fornecerão o material propagativo (enxerto) a ser
utilizado na enxertia e avaliar a viabilidade da mesma para definir métodos de
enxertia adequados para a propagação vegetativa do araticunzeiro.
METODOLOGIA
As trinta plantas selecionadas na
área agrícola da Escola de Agronomia e Engenharia de Alimentos foram utilizadas
como matrizes fornecedoras de material propagativo (enxerto) para a enxertia.
Estas serão sorteadas e divididas em número de cinco por tratamento e sofrerão
poda em seus ramos, em quatro diferentes épocas.
Os tratamentos a serem utilizados, isto é, as épocas
de poda serão as seguintes:
20 de agosto de 2003; 20 de setembro de 2003; 20 de
outubro de 2003 e 20 de novembro de 2003.
As
variáveis a serem analisadas serão:
Número de ramificações por ramo podado aos 30, 45 e
60 dias após a realização da poda;Número de ramificações por planta aos 30, 45
e 60 dias após a realização da poda;Diâmetro médio da base da ramificação aos
30 dias após da poda; O objetivo dessa mensuração é testar o calibre do
enxerto, e será realizada na semana que antecede a enxertia e Comprimento médio
da ramificação aos 30 dias após a realização da poda, será feita junto com a
mensuração do diâmetro.
RESULTADOS
E DISCUSSÃO
Devido ao constante ataque de fitopatógenos as mudas
não preencheram os requisitos básicos necessários à enxertia (sanidade,
qualidade e uniformidade) na época prevista. As mudas obtiveram as condições
ideais durante os meses de maio, junho e julho quando as condições climáticas
não são favoráveis. Trata-se de uma época onde o clima é frio e seco (inverno).
Foi, portanto prorrogar o prazo de enxertia para o inicio do período chuvoso
que tem temperaturas mais altas (verão), que ocorre por volta dos meses de
agosto, setembro e outubro.
A preparação dos porta-enxerto de
araticum, constou, como previsto de um trabalho, envolvendo 4 épocas de poda e
mais uma testemunha. Foram utilizadas 4 plantas adultas de araticum por
tratamento. Os resultados apontaram caminhos bem promissores, com algumas
épocas de poda, principalmente agosto novembro apresentando resultados bem
superiores às podas de outubro e de setembro. O que se considera como
resultados superiores, seriam: brotações vigorosas, uniformes e em grande
número.
As médias que se mostraram melhores e mais interessantes foram as
de novembro com 9,7 Brotações por planta; 0,60 Brotações por ramo e agosto com
9,48 Brotações por planta e 0,63 Brotações por ramo. Enquanto que setembro teve
média 8,08 brotações por planta; 0,67 brotações por ramo e outubro com 4,5
brotações por planta e 0,45 brotações por ramo.
CONCLUSÕES
Como conclusões pode-se afirmar que:
Ø O tratamento com Ácido Giberélico (GA3)
potencializa a germinação de sementes de araticum;
Ø Os problemas,
com doenças de solo e parte aérea em mudas de araticum, tem que ser mais
estudados;
Ø A poda de plantas adultas visando o fornecimento de
material propagativo, é prática muito adequada.
Ø Para se realizar a enxertia é necessário se ter
enxertos vigorosos, uniformes e em grande número.
Ø Os materiais que servem de porta-enxerto devem ter
sanidade, qualidade e uniformidade.
Ø A época de poda que mais se mostrou eficiente foi a
realizada em 20 de novembro.
REFENCIA
BIBLIOGRÁFICA
CHAVES,
L.J.; NAVES, R.V. O cerrado do Brasil: uma fonte potencial de recursos
genéticos. In: ENCONTRO SOBRE TEMAS DE GENÉTICA E MELHORAMENTO, 15., 1998,
Piracicaba,SP. Anais... Piracicaba:
ESALQ 1998. p. 74-86.
FONTE DE FINANCIAMENTO
Este sub-projeto é parte integrante do projeto de
apoio ao desenvolvimento de tecnologias agropecuárias para o Brasil (PRODETAB),
EDITAL 02/2001.(PIBIC).